sexta-feira, 27 de junho de 2008

Quem faz parte da "Nova familia?"

Durante todo o sementre muitas das calorosas discussões em sala de aula foram sobre o tema FAMÍLIA. O que é a familia hoje? O que ela representa? O que ela ja representou? O mais interessante foi pensarmos se ainda existe um modelo familiar.
O ser humano é relacional por natureza, não há como negar-lhe esse impulso existencial acho que por isso a razão levou-nos às engenhosa "àrvores genealogicas".
A árvore genealógica nos remete a segurança de uma origem, ai estamos protegidos do famoso dito popular “nascido no oco do pau”.

Desde idos tempos esta tem sido uma necessidade natural do ser humano: sentir-se pertencente, sentir-se protegido e seguro. Na sociedade hebraica primitiva (e ainda hoje) esta concepção estava tão arraigada na sociedade que o nome da família trazia consigo a certeza do seu propósito no mundo e de sua função dentro da família, assim a pessoa pelo simples fato de pronunciar seu nome ou o nome de sua família logo se sentia seguramente certo de sua identidade e sua razão de existir. As grandes angústias existenciais de um tempo individualista como o nosso não apresentava grande relevância para um judeu dos tempos antigos. E reflito a respeito dos judeus pois, justamente dai vem minhas origens. O sobrenome “Duarte” veio para o continente americano e mais especificamente para o Brasil juntamente com as famílias judias e judeus crstãos. Penso que eles nunca imaginariam que um dia o grande peso do nome de uma família estaria tão banalisado e não garantiria mais um significado existencial como o era em seus dias.
Eu não teria dificuldade nenhuma em reviver esta ideologia de valores enraizados no nome. Para mim seria importante. Em um tempo como o nosso em que a maioria dos sites de relacionamento te “expremem” com a grande pergunta retórica pós moderna “quem eu sou”, esse conhecimento existencial presente no simples pronunciar do nome me livraria das angústias de ter que responder publicamente sobre um conceito um tanto metafísico (pra mim) e quem sabe poderia até me livrarar dos relaconamentos “virtuais”.
Quando a identidade estava no nome, ela era uma entidade real e concreta, ela era um “logos ” (para os gregos a palavra – “logos” – é uma entidade que tem existencia por si só. Para o Hebreu aquilo que tem represenação - como a palavra - é real e não metafisico.)
Que as coisas mudaram desde o tempo dos meus antepassados judeus, isto esta claro. Mas algumas coisas ainda guardamos e continuamos ansiando, pois nossa natureza humana continua humana e tem necessidades que nem mesmo o tempo pode mudar. Por exemplo, o nome da minha familia não me da mais garantias de um propósito existencial mas o fato de eu pertencer a uma familia e conhecer suas características serve para me definir enquanto um indivíduo do todo mas também particular, assim eu me defino pela outro e adquiro segurança a medida em que as características da minha família me remetem estabilidade (ainda que tenha boas e más caracteristicas).

Um comentário:

Débora Vieira disse...

FRAN...gosto muito do seu blog,aliás gosto muito de tudo que escreve e fala.Assim como o VANDERSON estou achando que "é bom demais conversar com a Francielle"kkkkkkkkkkk. Sempre com algo enriquecedor a acrescentar.Por isso essa visão idealizada da sua pessoa. Como me disse a Jeovana lá no SER "a Francielle pareceia alguém distante de mim por ser tão inteligênte" mas hoje me sinto mais próxima. Talvez eu também tenha algo para acrescentar às pesoas...

Esse texto sobre família me fez entender melhor o sentido desta instituição,meio que falida ao meu ver,não a minha, mas por tudo que estudamos tive essa ligeira impressão.Vamos regatar as nossas identidades!!

Até mais!!!
Débora

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